
Passamos por 4 anos de pouca transparência, enfraquecimento da Lei de Acesso à Informação, conteúdos retirados dos sites de órgãos públicos e, eventualmente, ataques hackers que mostraram que as informações online estão vulneráveis. Foram tempos particularmente difíceis no que diz respeito à memória digital, mas vale observar que o problema é amplo e longevo, perpassando governos diversos.
O Nupef tem desenvolvido um projeto focado na memória da Internet brasileira. Não é simples desenvolver uma ferramenta que arquive satisfatoriamente sites complexos. Estamos neste processo. A experiência se inspira em experiências bem-sucedidas nesse sentido. Algumas delas:
– Portugal desenvolve o projeto arquivo.pt, que periodicamente recolhe e armazena informação publicada na Web do país.
– O Reino Unido tem o UKWeb Archive e o The National Archives, que conta com uma área só para sites governamentais.
– Nos EUA, o Internet Archive é talvez o mais consolidado projeto de arquivamento de páginas no mundo. Há também o “End of Term Web Archive”, uma experiência de captura e arquivamento das páginas web governamentais no final de mandato.
– O Chile constituiu uma iniciativa própria oficial de arquivo da web, sob a guarda da Biblioteca Nacional Chilena. É a única experiência latino–americana no Consórcio Internacional de Preservação de Internet (IIPC)
– O Brasil tem outras iniciativas em desenvolvimento além da nossa, como o site metamemo.info, e pesquisas relevantes sobre o tema no Nuaweb (UFRGS) e na Rede Cariniana do Ibict.
Neste fim de 2022, como contamos antes, participamos de articulações e reuniões com a equipe de transição de governo para chamar atenção para a preocupação com a memória institucional nos sites de órgãos públicos. Para 2023, pretendemos mergulhar ainda mais fundo neste universo.
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