Sobre o Nupef

A proposta do Nupef nasce em 2005 como um projeto interno à Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS) e como resposta a necessidades de acompanhamento ativo do impacto das redes digitais no trabalho da sociedade civil organizada. Nasce como um centro de estudos e formação interno à Rits, quando esta avançava em projetos na ponta, como os telecentros comunitários no Sudeste e redes comunitárias utilizando satélites e wi-fi na Amazônia.
A partir de 2009 o projeto organiza-se como uma entidade independente, e a equipe e suas atividades passaram a fazer parte do Instituto Nupef (sociedade civil sem fins de lucro de direito privado). Membros dessa equipe estão entre os pioneiros que participaram da criação em 1990 da Associação para o Progresso das Comunicações (APC, associação internacional de entidades civis voltadas à democratização da informação e inclusão digital), do projeto de Internet da Eco'92 e da criação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em 1995. O Nupef também seguiu mantendo o projeto de serviços Internet voltados às entidades civis, originalmente criado pelo Ibase, hoje chamado de Tiwa, com o apoio da RNP e do NIC.br.
Faz parte da missão do Nupef produzir e disseminar conhecimento sobre como o uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação pode contribuir para o aprimoramento da democracia e a defesa dos direitos humanos. Além disso, o Nupef participa de ações de defesa coletiva voltadas para a formulação e aprimoramento de políticas públicas no campo das tecnologias digitais e comunicação em rede.
A infraestrutura tecnológica e expertise do Nupef ajudam organizações da sociedade civil, movimentos sociais e comunidades a implementar práticas inovadoras e seguras em ambientes digitais. Isso é feito por meio do projeto Tiwa, um serviço de Internet sem fins lucrativos disponível exclusivamente para organizações da sociedade civil, movimentos sociais e entidades de ensino e pesquisa. Os serviços da Tiwa garantem um ambiente protegido de infraestrutura para inovações, experimentações, debates e processos de capacitação, bem como serviços próprios do Nupef e de seus parceiros.
A equipe especializada do Nupef também colabora com comunidades indígenas, quilombolas e outras na viabilização de redes comunitárias de acesso à Internet em áreas remotas da Amazônia e outras regiões do Brasil. Isso inclui projeto e instalação da infraestrutura de redes, bem como formação de membros das comunidades na manutenção e no uso adequado e seguro da rede.
Respondendo à necessidade de proteção de conteúdos mantidos por entidades e movimentos sociais, o Nupef criou o projeto Graúna, que procura funcionar como um espelho de dados essenciais de páginas e serviços em risco na Internet. O Graúna também mantém um servidor portátil com repositórios essenciais, instalado em redes comunitárias em que a conectividade é precária.
O Nupef é membro de coalizões e redes organizacionais. O Instituto tem repercussão política no Brasil e no exterior, com a atuação de seus representantes em espaços como o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a Coalização Direitos na Rede (CDR), a Associação para o Progresso das Comunicações (APC) e a Rede Global para Justiça Social e Resiliência Digital (DRN). No âmbito da ONU, membros do Nupef participaram do Grupo de Trabalho sobre Governança da Internet (WGIG na sigla em inglês) que procurou estabelecer o significado de "governança da Internet" -- definição que desde então é utilizada pelas agências da ONU. Estão presentes desde o início no Fórum de Governança da Internet (IGF) tendo participado de seu Grupo Multissetorial de Aconselhamento (MAG).
Visão
Nossa visão é ser um espaço de referência na produção e troca de saberes e práticas sobre o desenvolvimento e uso das tecnologias de comunicação e informação como ferramentas para o empoderamento da cidadania, e sobre políticas e normas que promovam e garantam os direitos fundamentais em ambientes digitais.
Missão
Nossa missão é contribuir para o exercício pleno da cidadania e para a garantia e promoção dos direitos fundamentais em sociedades conectadas em redes através do uso inovador e seguro de tecnologias da informação e comunicação, da disseminação de conhecimentos, e do fortalecimento de capacidades para a apropriação estratégica de tecnologias junto a organizações da sociedade civil e movimentos sociais que compartilham dos nossos valores.